Desde os primórdios da filosofia os pensadores refletem sobre a relação “linguagem-mundo”. Afinal, se queremos falar sobre o mundo, isso só é possível por meio da linguagem.

Porém, a partir do século XIX a linguagem passou a ser um dos temas mais importantes da filosofia, chegando até mesmo a formar uma área específica:

Filosofia da Linguagem

Podemos dizer que Friedrich Schleiermacher, Friedrich Nietzsche e Friedrich Gottlob Frege são alguns dos pioneiros dessa virada linguística na filosofia.

Contudo, se Schleiermacher e Nietzsche são responsáveis pela “corrente hermenêutica” da filosofia da linguagem, Frege, Bertrand Russell e Ludwig Wittgenstein são os grandes precursorres do tema que iremos abordar aqui:

Filosofia Analítica
da Linguagem

Frege foi o grande responsável por reformular as bases da lógica, rompendo com os fundamentos filosóficos que vinham desde Aristóteles.

Podemos destacar três eixos conceituais centrais na filosofia da Frege que são de grande importância para o pensamento ocidental:

a) invenção de uma escrita simbólica (formal) com o intuito de sanar os problemas oriundos da inaquedação da linguagem natural para a expressão dos pensamentos (presente sobretudo em sua obra Begriffsschrift (comumente traduzida para o português sob o nome de “Conceitografia”);

b) a pesquisa sobre a natureza do conceito de número, tema central de sua obra Fundamentos da Aritmética;

c) um estudo rigoroso sobre as noções de sentido e referência presentes nos conceitos e nas proposições, tal como exposto na obra Sobre sentido e referência [Über Sinn und Bedeuntug].

Apesar de ser um instrumento poderosíssimo para a filosofia e para a matemática, a lógica de Frege se viu ameaça por uma crítica contundente de um de seus discípulos: Bertrand Russell.

Por meio da ideia de “átomos lógicos”, Russell desenvolve e aperfeiçoa a lógica de Frege. No entanto, o ponto máximo dessa corrente “logicista” da filosofia é atingida com um aluno de Russell, chamado Ludwig Wittgenstein.

Wittgenstein, com sua obra Tractatus-Logico Philosophicus, tinha um objetivo: resolver todos os problemas da filosofia de uma só vez.

Esse livro foi – e ainda é - considerado uma das grandes obras de filosofia do século XX. De fato, muitos achavam realmente que os problemas filosóficos estavam completamente resolvidos após sua publicação. Mas uma pessoa muito importante não estava convencida disso: o próprio Wittgenstein.

Com sua personalidade inquieta, Wittgenstein durante anos reformulou a base de sua primeira obra e, por meio dessa reformulação, nos ofereceu conceitos valiosíssimos para a filosofia contemporânea – como o conceito de jogos de linguagem - que mudariam para sempre a rópria filosofia analítica, influenciando inúmeros pensadores das mais diversas áreas.
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