legenda

Mundo Brasil

idade
ANTIGA

  • 483 a.C.

    China

    Na antiguidade, as crianças surdas eram condenadas à mesma morte reservada aos deficientes. Na China, os surdos eram lançados ao mar.

  • 470 a.C.

    Heródoto

    48? - 42? a.C.

    O filósofo grego que classificava os surdos como “seres castigados pelos deuses”, como consequência do pecado dos seus pais. Ele considerava impossível educar os surdos.

    Ilustração de Heródoto
  • 384 a.C.

    Grécia

    Os surdos eram considerados incapazes para o raciocínio, insensíveis e um incômodo para a sociedade, por isso eram condenados à morte, lançados do topo de rochedos, nas águas de Barathere. Os sobreviventes viviam miseravelmente como escravos ou abandonados.

  • 355 a.C.

    Aristóteles

    384 - 322 a.C.

    O filósofo acreditava que os surdos e os nascidos surdos-mudos se tornam insensatos e naturalmente incapazes de razão pela falta de audição.

    Ilustração de Aristóteles

idade
MÉDIA

  • 687

    Bispo John de Beverley

    6?? - 721

    Ensina um surdo a falar de forma clara, e o acontecimento é considerado um milagre. No entanto, assim como a autoria de muitas metodologias e técnicas ficaram perdidas no tempo, esta também se perde e a igreja toma para si a autoria do feito.

    Ilustração de John de Beverley

idade
MODERNA

  • 1584

    Pedro Ponce de Léon

    1520 – 1584

    Monge Beneditino em Onã, na Espanha, estabeleceu a primeira escola para surdos em um monastério de Valladolid. Usava como metodologia a dactilologia, escrita e oralização. Mais tarde, criou uma escola para professores de surdos. Não publicou nada em vida e, depois de sua morte, seu método caiu no esquecimento, já que a tradição da época era guardar segredos sobre os métodos de educação de surdos. Léon é considerado o primeiro professor de surdos da história.

    Ilustração de Pedro Ponce de Léon
  • 1620

    Juan Pablo Bonet

    1579 – 1623

    Iniciou, na Espanha, a educação de Dom Luís Velasco através de sinais, treinamento da fala e o uso de alfabeto (dactilologia), teve tanto sucesso que foi nomeado pelo rei Henrique IV como “Marquês de Frenzo”. Publicou o primeiro livro sobre a educação de surdos em 1620, expondo seu método oral. Defendia o ensino precoce de alfabeto manual aos surdos.

    Ilustração de Juan Pablo de Bonet
  • 1759

    Charles Michel L’Epée

    1712 – 1789

    Conheceu duas irmãs surdas que se comunicavam através de gestos e iniciou os primeiros estudos sérios sobre a língua de sinais. L’Epée, defendia a língua de sinais como a linguagem natural dos surdos. Criou os “Sinais Metódicos”, que são uma combinação de língua de sinais com a gramática sinalizada francesa. Publicou o primeiro dicionário de sinais.

    Ilustração de Charles L'Epée
  • 1778

    Samuel Heinicke

    1729 – 1790

    Considerado o “pai do método alemão”. Iniciou as bases da filosofia oralista. Fundou a primeira escola de oralismo puro em Lípsia, uma cidade independente do Estado da Saxônia, na Alemanha. Inicialmente sua escola tinha nove alunos surdos.

    Ilustração de Samuel Heinicke

idade
CONTEM­PORÂNEA

  • 1814

    Thomas Hopkins Gallaudet

    1787 – 1851

    Ao conhecer Alice Gogswell, criança surda da vizinhança que não tinha acesso à educação, o Reverendo Thomas Gallaudet idealiza uma escola para surdos nos Estados Unidos e viaja à Europa em busca de métodos de ensino. Volta à América trazendo o professor surdo Laurent Claerc, melhor aluno do Instituto Nacional para Surdos de Paris.

    Ilustração de Thomas Gallaudet
  • 1846

    Alexander Melville Bell

    1819 – 1905

    O professor de surdos escocês (pai de Alexander Grahan Bell), inventa um código de símbolos chamado “Fala visível” ou “Linguagem visível”, sistema que utilizava desenhos dos lábios, garganta, língua, dentes e palato, para que os surdos repetissem os movimentos e os sons indicados pelo professor.

    Ilustração de Alexander Melville Bell
  • 1855

    Eduardo Huet

    1822 - 1882

    Eduardo Huet, professor surdo francês com experiência de mestrado e cursos em Paris, chega ao Brasil sob beneplácido do imperador D.Pedro II com a intenção de abrir uma escola para pessoas surdas.

    Ilustração de Eduardo Huet
  • 1857

    Imperial Instituto dos Surdos-Mudos

    Em 26 de setembro é fundada a primeira escola para surdos no Rio de Janeiro, o Imperial Instituto dos Surdos-Mudos, hoje Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES. Nessa escola surgiu a mistura da língua de sinais francesa com os sistemas já usados pelos surdos de várias regiões do Brasil.

  • 1864

    Universidade Gallaudet

    A primeira universidade nacional para surdos é fundada nos Estados Unidos, a Universidade Gallaudet em Washington, um sonho de Thomas Hopkins Gallaudet realizado pelo filho do mesmo, Edward Miner Gallaudet (1837-1917).

  • 1875

    Flausino José da Gama

    Ex-aluno do Imperial Instituto dos Surdos-Mudos, publica aos 18 anos o primeiro dicionário de língua de sinais no Brasil: Iconografia dos Signaes dos Surdos-Mudos.

  • 1880

    Congresso de Milão

    Foi uma conferência internacional de educadores de surdos, que ocorreu em setembro de 1880. Um comitê, constituído unicamente por ouvintes, declarou que a educação oralista era superior à de língua gestual e aprovou uma resolução proibindo o uso da língua gestual nas escolas. Escolas em todos os países europeus e nos Estados Unidos mudaram seu método de educação para os surdos para a utilização terapêutica do discurso sem língua gestual.

  • 1957

    INES

    Por decreto imperial (Lei nº 3.198, de 6 de julho), o Imperial Instituto dos Surdos-Mudos passa a se chamar Instituto Nacional de Educação dos Surdos – INES. Apesar da proibição do uso da língua de sinais nas salas de aula, ela ainda era usada pelos alunos surdos nos corredores e nos pátios da escola.

  • 1960

    William Stoke

    1919 – 2000

    Publica Language Structure: an Outline of the Visual Communication System of the American Deaf, afirmando que ASL é uma língua com todas as características da língua oral. Esta publicação foi uma semente para as pesquisas que floresceram nos Estados Unidos e ao redor do mundo.

    Ilustração de William Stoke
  • 1969

    Comunicação Total

    A Universidade Gallaudet adota a Comunicação Total. O presidente da Universidade Gallaudet decide manter a linguagem gestual no campus. Esta decisão monumental pode ter sido em grande parte responsável pela sobrevivência da língua de sinais.

  • 1977

    FENEIDA

    Criada a Federação Nacional de Educação e Integração dos Deficientes Auditivos - FENEIDA, composta apenas por pessoas ouvintes envolvidas com a problemática da surdez.

  • 1987

    FENEIS

    A FENEIDA é reestruturada e passa a ser a Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos - FENEIS, no Rio de Janeiro.

  • 2002

    Lei de Libras

    Criada a Lei de Libras (Lei 10.436/2002), que reconhece a Língua Brasileira de sinais como forma de comunicação e expressão dos surdos. São formados agentes multiplicadores do curso Libras em Contexto em MEC/Feneis.

  • 2005

    Disciplina de Libras

    A Lei da Libras é regulamentada pelo Decreto nº 5626/2005, que estabelece a organização da educação bilíngue para surdos no Brasil e obriga a inclusão da disciplina de Libras nos cursos de Pedagogia, Fonoaudiologia e Licenciaturas.

  • 2006

    Graduação em Letras/Libras

    Em cumprimento ao Decreto nº 5626/2005, iniciam-se os cursos de graduação em Letras/Libras com nove polos em Universidades públicas do Brasil, sob a responsabilidade da Universidade Federal de Santa Catarina, destinados à formação de professores de Libras e de intérpretes/tradutores de Libras.